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sexta-feira, 29 de maio de 2009

O radialista e as contradições do puxa-saco de plantão

Mal interpretado, o direito à livre manifestação do pensamento pode causar danos irreparáveis à sociedade. Um deles é a presença de pseudos jornalistas que ocupam espaço diário na mídia “ditando regras” as mais absurdas, muitas das vezes geradas em mentes vazias e pobres de conhecimento e discernimento, quase sempre movidas por interesses pessoais inconfessáveis.
Encastelados no poder, lambedores das botas dos mandatários, sentem-se como eles inatingíveis pelas regras das leis, e o que é pior, pelo próprio julgamento da história. Por isso, desandam a cometer toda sorte de abusos em seus comentários, na maioria desprovidos de conteúdo porque são forjados a pedido ou com o propósito de defender interesses do “patrão”. Verdadeiros atentados ao bom senso e à inteligência das pessoas. Um exemplo? O famigerado “Deixa o homem trabalhar, gente! (II)” – Folha de Notícias, 24/05/09 – assinado pelo suposto jornalista Paulo Fidélis que assim como o citado jornal, não passam de porta-vozes do poder. No enfadonho e injustificado artigo, o tendencioso articulista critica a ação do Ministério Público que a rigor merece os aplausos da população uma vez que se ergue contra a tirania e o despotismo, respaldada no acolhimento das instâncias defensoras do meio ambiente (IBAMA e Semarh), assumindo a posição de defensor inconteste de um agente transgressor a seu ver acima do bem e do mal, revelando-se parcial, ardiloso e irresponsável por pretender ocultar a verdade dos fatos.
Gosto muito de ouvir comentários fundamentados e da exploração do contraditório sem paixões pois, entendo que dessa forma se constrói o verdadeiro debate acerca dos interesses coletivos e surge a verdadeira essência dos fatos. O ilustre colunista peca quando deixa a emoção tomar conta da sua escrita e permite que o leitor perceba a total falta de imparcialidade dos fatos .
Acostumado ao verbo na primeira pessoa utilizado para auto-elogios e a agressões à gramática do tipo “nunca é demais estar lembrando” (gerundismo), “e porque não dizer”, entre outros, o que atesta sua limitação gramatical, o senhor Paulo Fidélis tem perdido grandes oportunidades de ficar calado. É bom que ele saiba que leitor de jornal tem senso crítico e é capaz de perceber sua intenção freqüente de manipular a opinião pública, neste e em outros episódios. Falta-lhe conhecimento e competência para tanto. Ainda bem!

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